quinta-feira, 28 de julho de 2011

Escritura e Devir: Experimentações entre escrever/ler - 1ª Edição - Tarde

Apresentação

Curso Escritura e Devir: experimentações entre escrever/ler, propõe 12 encontros recheados de leituras apetitosas e pensamentos inquietantes. Passando por fragmentos de textos de Friedrich Nietzsche, Gilles Deleuze e Michel Foucault procuraremos problematizar a função do autor/escritor tomando como sopro a ideia que jamais escrevemos sozinhos. Poderíamos perguntar: que escritores povoam nossa solidão? Sem preocupação de fornecer respostas ou defender verdades o Curso caminha no sentido de potencializar incertezas sobre o processo criativo e o modo como experimentamos nossas leituras. Aberto para todas as áreas do conhecimento, tomaremos trechos das escrituras de Ricardo Piglia, Michel Tounier, Roland Barthes, Antonin Artaud e Maurice Blanchot, intentando com isso, criar um espaço coletivo e ressonante com gosto pela experimentação textual e imagética.

Objetivos do curso

- Ler textos literários e teóricos;

- Problematizar a função autor/leitor;

- Potencializar o desejo de escrever.

Público-alvo:

Estudantes, pesquisadores e profissionais de diferentes áreas que se interessem pelos temas e aberto ao público em geral.

Modalidade: Presencial

Local: Avenida Independência 330/sala 410 – Porto Alegre/RS

Data de início: 09 de agosto de 2011

Dia da Semana: Terça-feira / tarde

Horário: 14:00 às 17:10 horas

Duração: 12 encontros

Carga Horária: 36 h/a presencial e 4h/a à distância

Para fazer sua inscrição é necessário pagar a taxa de matrícula. Quando a turma for confirmada você poderá pagar o restante do curso.

Obs: Caso a turma seja cancelada devolveremos o valor da matrícula (R$ 50,00) na íntegra.

Programa:

- Apresentação e disparo:

- Com o leitor:

- Quem lê? Para quem se escreve?:

- Viver a leitura:

- Sobre o escritor:

- Escrever e devir:

- O impessoal

- Mortes

- Artaud e o Pensamento

- Deleuze e o cinema

- Escrita e vida

- Leituras coletivas, avaliação e fechamento

Obs.:O que os alunos podem providenciar: folhas, bloco ou caderno. Lápis e caneta.

Certificado:

Será fornecido a todos que tiverem, no mínimo, 75% de frequência. Certificados reconhecidos por lei e válidos para concurso e/ou atividades complementares.

Professor:

Leonardo Martins Costa Garavelo - Possui graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2007). Atualmente realiza mestrado no Programa de Pós-graduação em Psicologia Social e Institucional na UFRGS e cursa a Especialização Instituições em Análise (ESADE). Tem experiência em Psicologia Social e Institucional, trabalhando em projetos relacionados à arte, loucura, saúde coletiva e comunidades.

O Valor do curso pode ser pago pelo pagseguro à vista ou parcelado (cartão de crédito)

Para o pagamento no boleto, somente à vista.

Matrícula
R$ 50.00
Faça login para se inscrever

Valor
R$ 250.00

Total
R$ 300.00

Sobre Maconha

-  Acaso já viu um estudante usuário melhorar suas notas na escola?
-  Acaso já viu um pai usuário aumentar o amor e a harmonia no lar e na família?
-  Acaso já viu um profissional usuário melhorar o desempenho em sua profissão?
-  Acaso já viu homens viciados felizes rapaz?
Você pode fazer a diferença!
               Nenhum de nós pode dizer com 100% de certeza que a droga nunca fará parte da vida de alguém que amamos,
sejam nossos filhos, netos, irmãos, primos e amigos, ou simplesmente o filho do seu vizinho, talvez você pense que não tem nada a ver só porque ele é seu vizinho? Engano seu! Pela lei do retorno o que não queremos para nós não podemos desejar para o outro, que não deixa de ser nosso irmão divinamente. É por isso que estamos enviando a você está divulgação, este convite, para a Caminhada Nacional Contra a Liberação da Maconha! Até porque dificilmente um usuário de droga não teve seu começo com a maconha.
            Pense nisso, se você acha que não vai fazer a diferença, veja só:
Se você mandar para DEZ pessoas e cada uma delas mandar para mais DEZ e DEZ... Quando estiver na 5ª sequência nós teremos atingido 100.000 ( CEM MIL ) pessoas! Se você não pode participar, ajude divulgando para mais pessoas. Você viu como pode fazer a diferença!?
VAMOS JUNTOS LUTAR PELA VIDA!


Acesse:
http://www.pelavida.org<http://www.pelavida.org/>

terça-feira, 26 de julho de 2011

Heterossexualidade e poder

Profa. Dra. Berenice Bento/UFRN*

Até pouco tempo escutávamos que “em briga de marido e mulher ninguém mete a colher”. Também era um costume lavar a honra com o sangue da mulher assassinada. Casos de mulheres assassinadas por seus parceiros dificilmente chegavam à justiça. Nas últimas décadas houve uma proliferação de movimentos e estudos mostrando que o espaço da casa, o lar doce lar, é marcado pela violência e que para alterar hábitos seculares era importante combinar ações dos movimentos sociais com políticas públicas que objetivassem acabar com violência no espaço familiar, ao mesmo que se aprovaram leis que penalizam os criminosos. Portanto, o espaço doméstico tem sido um dos lugares mais normatizados pelo Estado nas últimas décadas, a exemplo da Lei Maria da Penha e do Estatuto da Infância e Adolescente. Quando a Presidenta Dilma afirma que “não podemos interferir na vida privada das pessoas”, contraditoriamente, esquece o papel fundamental do Estado brasileiro, pressionado por movimentos socais, na transformação desse espaço.
Nesse processo histórico de politização do privado, a violência contra os filhos e as filhas homossexuais passou a ter visibilidade. O que pode um pai e uma mãe contra um filho homossexual? Tudo? Se o argumento for pelo costume, ou seja, aquilo que tem força reguladora das relações entre as pessoas pela repetição, então, neste, caso, os pais podem tudo, principalmente contra filhos não heterossexuais. E, de fato, as pesquisas mostram a violência brutal dos pais que descobrem que seus filhos são gays, lésbicas ou transexuais ou travestis. A resposta costumeira para esta descoberta tem sido a expulsão de casa. Pela declaração da Presidenta, nada se poderá fazer. Mas a família não está só na tarefa de preservação do “costume heterossexual”, tem como aliada outra instituição poderosa: a escola.
As inúmeras teses e pesquisas produzidas por pesquisadores/as de universidades brasileiras apontam que a escola é um dos espaços mais violentos para crianças que apresentam comportamentos “não adequados” para os “costumes heterossexuais”. Não basta falar de bullying, palavra asséptica, que não revela o heteroterrorismo a que estas crianças e adolescentes são submetidos. A reiteração de agressões verbais e físicas contra meninos femininos e meninas masculinas desfaz qualquer ilusão de que a heterossexualidade é um dado natural. Desde que nascemos somos submetidos diariamente a um massacre: “comporte-se como menina, feche as pernas, seja homem, menino não chora”. A produção da heterossexualidade é um projeto diário e violento.
Imaginem o sofrimento de um estudante que precisa freqüentar a escola, mas sabe que ali será agredido física e psicologicamente. Uma das mulheres transexuais que entrevistei afirmou: “Era um horror. Na hora do recreio eu ficava sozinha. Ninguém brincava comigo. Eu me sentia uma leprosa. Por várias vezes, a professora viu os meninos me xingando de viadinho e ela só fazia ri.” O riso da professora seria um costume? Desnecessário afirmar que esta mulher transexual, como tantas outras, não conclui seus estudos. Os indicadores de sucesso e fracasso escolar, ou evasão, subestimam a variável violência homofóbica.
Muitos professores argumentam que não têm instrumentos didático-pedagógicos para fazer uma reflexão com seus estudantes sobre respeito e diversidade sexual.
A disputa que assistimos em torno do material pedagógico Escola Sem Homofobia nos revela que produção da heterossexualidade não tem nada a ver com “costumes” inseridos no âmbito do privado, mas com poder. A bancada religiosa do Congresso Nacional sabe muito bem disso. Sabe que a produção de uma pessoa heterossexual é um projeto que deve contar com o apoio absoluto de todas as instituições: a família, a escola e, claro, os representantes do Estado.
*Professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e Coordenadora do Núcleo Tirésia-UFRN

Publicada em: 02/06/2011 às 12:00 artigos e resenhas

CLAM

FILOSOFIA E COMPORTAMENTO: TRANSGÊNERES

Autora: Karin Hueck - Revista SuperInteressante Abril 2009, pag. 62

Toda criança nasce com um sexo. Mas nem toda criança acha que nasceu no sexo certo. Quando isso acontece, estamos diante de um dos maiores desafios da medicina.

Quando Nick tinha 3 anos, seu pai John, achava estranho que o menininho gostasse tanto de vestir uma camiseta bem comprida e ficar andando com ela pela casa, como se estivesse de vestido. Também não entendia a fascinação da criança por tudo que era cor-de-rosa ou porque ele só dava nomes femininos a seus animais de pelúcia. Um dia, John presenciou uma cena estranha. Junto com dois outros meninos, o filho brincava no jardim. Mas, enquanto os amiguinhos fingiam ser Batman ou Super-Homem, Nick imaginava ser uma fada-princesa. Aquilo disparou o alarme, o menino gostava demais de coisas de meninas, e ficava muito triste quando tinha de se vestir de acordo com seu sexo. A mãe, então, arriscou, "Nick você gostaria de comprar um vestido?" A reação do filho assustou os pais.

Ele começou a tremer e a ofegar, de tanta felicidade. Foi aí que tudo ficou claro, Nick só seria feliz se vivesse como menina. E foi exatamente isso que os pais fizeram.

Hoje aos 7 anos, Nick se chama Mary. Deixou o cabelo crescer, só usa roupas femininas e mudou de vida. Na escolinha, na Califórnia, quase ninguém sabe que ela é um menino com variação de gênero, que especialistas estimam afetar 1 em cada 500 crianças. E ninguém imagina que ela mudou de sexo ainda durante a infância.

Geralmente é logo no começo da infância que os pais reparam no comportamento estranho. Meninos as vezes tentam arrancar o próprio pênis e meninas não suportam a ideai de usar um vestido. "Só fui perceber que era um menino aos 3 anos de idade, quando a professora mandou os alunos se dividirem por sexo. Eu fiquei chateada, porque antes disso achava que era uma menininha como as outras", diz Luciana, uma paulistana de 28 anos, cujo nome no RG ainda é Luciano.

Em crianças assim, a tendência é a situação só se agravar, Isso porque durante a infância é fácil fazer uma criança se passar pelo sexo oposto, bastam umas roupas cor-de-rosa ou umas camisas de futebol, O problema é quando a puberdade se aproxima.

Na adolescência, a criança começa a ter consciência da sua sexualidade e passa pelas maiores (e mais irreversíveis) mudanças fisiológicas da vida. Já não é um período fácil para quem está satisfeito com o seu gênero, imagine então, para quem rejeita o próprio corpo. Ter seios e menstruar, ou ter barba e engrossar a voz, são o pesadelo de qualquer criança com transtorno de identidade de gênero.

"Metade dos adolescentes transgêneres tentam se matar entre a puberdade e a vida adulta" diz Stephanie Brill, autora do livro "The transgender child" (A criança transgênere, ainda sem tradução para o português). Luciana passou boa parte da sua vida sem fazer sexo, de tanta aversão que sentia a seu pênis. Se para essas pessoas a adolescência é tão traumática, o que pode ser feito? Segundo a sociedade internacional de endocrinologia, a resposta é bloquear a puberdade.

A ideia parece radical, mas já está sendo feita na Europa e nos EUA desde o começo dos anos 2000. Quando uma criança é diagnosticada com transtorno de identidade de gênero, o tratamento começa entre os 10 e 12 anos. Nessa idade, prescrevem-se os bloqueadores de puberdade, originalmente criados para crianças que entram na adolescência muito cedo, aos 7 ou 8 anos. O mais comum deles é o hormônios liberador de gonadotrofina (GnRH), que impede a testosterona e o estrogênio de agir. Sem esses hormônios, o corpo fica "congelado" numa infância eterna. Ele não se desenvolverá para nenhum gênero e ficará sexualmente neutro. O método foi imaginado para que as crianças tenham tempo de decidir a qual sexo pertencem, sem que seu corpo passe pelas mudanças sem volta da puberdade.

"Bloquear a puberdade é um tratamento totalmente reversível. Hormônios e cirurgias, esses não têm volta." diz a psiquiatra Annelou de Vries, da Universidade Livre de Amsterdã, o primeiro lugar do mundo a oferecer esse tratamento. Lá, mais de 100 adolescentes estão neste momento tomando o GnRH para, aos 16 anos, começarem com os hormônios sexuais e aos 18, cogitarem a cirurgia de readequação sexual.

Para John, pai da menina Mary (que nasceu Nick), os bloqueadores são um milagre. "Quero que minha filha passe apenas uma vez pela puberdade, e só no sexo feminino. Ela mal pode esperar para começar com os bloqueadores."

Essa história faz todo o sentido na teoria, mas não na prática. Como é possível diagnosticar com segurança o transtorno de identidade de gênero numa criança tão nova? Peguemos o exemplo de André, um produtor de moda homossexual, de 24 anos. Quando criança, seu brinquedo favorito era uma Barbie Lambada, e ele adorava usar uma toalha na cabeça para fingir ter cabelo comprido.

André nem sequer sabia dizer se era menino ou menina. Hoje, ele namora um rapaz, mas jamais cogitaria mudar de sexo. Como saber, ainda na infância, que ele seria feliz em seu gênero de nascença? "Ainda não conseguimos ter 100% de certeza com crianças. O que avaliamos é a insistência dela em ser, se vestir e se comportar como o sexo oposto durante anos de acompanhamento psicológico", diz Vries. O importante nesses casos é a atitude irredutível. Se a criança um dia diz que é menino e no outro menina, é bem provável que a confusão de gênero não siga até a vida adulta. Mas, como tudo que envolve a mente humana, não há como ter certeza.

Um médico americano, Charles Davenport, tentou quantificar a longo prazo o comportamento de meninos afeminados. Dos 10 garotos que ele acompanhou até a vida adulta, 4 viraram heteros, 2 viraram gays, 3 ficaram incertos sobre sua orientação sexual e apenas 1 deles virou transexual e quis trocar de sexo. Isso também se comprova com estatísticas: na infância, 1 em cada 500 crianças pode apresentar alguma variação de gênero. Já entre adultos, o transexualismo é muito mais raro: calcula-se que sejam apenas 1 em cada 30 mil homens e 1 em cada 100mil mulheres. Ou seja, se você conhecer um menino que gosta de brincar de boneca, não há razão para se alarmar. E é justamente isso que torna o tratamento com bloqueadores de puberdade tão polêmico.

Joanne tinha 8 anos quando contou à mãe que, na verdade, era um menino e queria ser chamado de Jack. Sem que os pais soubessem, já dizia para os coleguinhas no colégio que só atenderia por "ele". Para a mãe, a mudança foi traumática, ela precisou de um ano para conseguir fazer a troca de pronomes.

Em compensação, Jack deixou de ser uma menina deprimida para virar o menino contente que é hoje, aos 10. "Os seios de Jack estão começando a despontar, e eu sei que deveria pensar em bloqueadores e cirurgias, mas é muito difícil para mim", diz Anna, a mãe, no livro sobre crianças transgêneres.

Deixar o filho viver no sexo oposto inclui uma série de problemas que nenhum pai gostaria de enfrentar. É preciso contar à família que aquela menina agora atenderá pelo nome de Jack, é preciso pedir que o professor fique atento a provocações com o novo menino na escola e é preciso se despedir do sonho de ver a filha casar e ter filhos. "Eu sempre quis brincar de bola com meu filho, mas percebi que com Mary isso não se tornaria realidade", conta John, pai de Mary que até os 4 anos, era Nick.

No Brasil, até as leis atrapalham a mudança. O conselho federal de medicina proíbe qualquer intervenção com remédios antes dos 18 anos, e a cirurgia é vetada até os 21 anos. Além disso, não é simples convencer alguém de que o filho talvez precise trocar de sexo. "No Brasil, quando a família entende que a mudança logo cedo ajuda, os pais vão sozinhos atrás de remédios e hormônios para os filhos", diz Alexandre Saadeh, psiquiatra do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Tudo indica que as causas para o transtorno sejam biológicas. Em 2008, um estudo do Instituto Karolinska, na Suécia, mostrou que a estrutura e o tamanho de diversas áreas do cérebro são parecidas em homens gays e mulheres hetero, e o mesmo acontece em lésbicas e homens hetero.

Assim, poderia haver uma mente masculina dentro de um corpo feminino e vice-versa. "Imagina-se que pode haver alguma influencia de hormônios durante a gestação. Por exemplo, se o feto é do sexo masculino, mas entrou em contato com hormônios femininos, é possível que o cérebro do bebê, se forme de maneira diferente." diz Carmita Abdo, do projeto sexualidade do Hospital das clínicas. Quando os pais percebem que não adianta forçar a barra para mudar o comportamento do filho, é geralmente também quando enxergam que são eles que precisam mudar.

Ninguém escolheria ser transexual. Eles são a minoria sexual mais discriminada, abaixo de gays, lésbicas, bissexuais e travestis. 73% deles sofrem assédio nas ruas e 45% rompem com a família quando anunciam seu verdadeiro gênero. Os bloqueadores de puberdade ajudam a aliviar o preconceito porque deixam a pessoa com uma aparência mais natural depois da troca de sexo.

As contraindicações são muitas, há indícios de que atrapalham na calcificação dos ossos e se o tratamento for iniciado muito cedo, com bloqueadores e hormônios na puberdade, a pessoa quase certamente ficará infértil. Além disso, a dose do GnRH pode chegar a R$ 3mil.

"Eu vejo que, aos poucos, os pais estão deixando seus filhos fazer essa transformação, mesmo que escondida. Eles preferem ver os filhos felizes e vivos, do que infelizes no sexo biológico" diz Brill. Há alguns anos, quem recomendasse bloqueadores de puberdade a crianças saudáveis seria chamado de louco ou radical. Hoje, alguns lugares já se acostumaram com o arco-íris da sexualidade humana. A Park Day School, em Oakland, nos EUA, é uma escola que dá as boas-vindas a essas crianças. Nos últimos anos, 8 aluninhos que nasceram num sexo, mas vivem no outro, passaram por lá. Na hora de ir ao banheiro, podiam escolher entre o feminino, o masculino e o neutro. Mas nem é preciso ir tão longe: no Mato Grosso do Sul, alunos da rede estadual que vivem no sexo oposto ganharam na justiça o direito de ser chamados pelo nome de sua preferência. A mudança já começou.

Fonte Universidade Livre Feminista

quarta-feira, 13 de julho de 2011

A por Mente e Cérebro Notícias

 

O que faz com que você se interesse e se apaixone por esta ou por aquela pessoa? E o que o faz simplesmente “nem cogitar” aproximar-se de alguém? As possibilidades são inúmeras. Há teorias bastante prováveis, por exemplo, que consideram, entre outros fatores, as influências inconscientes, os nossos modelos de homem e mulher e os relacionamentos desenvolvidos ainda na infância.

É como se, pelo menos para a maioria de nós, houvesse uma espécie de radar que detecta potenciais parceiros com genes parecidos com os nossos. Porto-riquenhos de ambos os sexos, por exemplo, têm mais facilidade de se sentir atraídos por pessoas com uma mistura de genes africanos e europeus.

Ainda que a tese se comprove com outros estudos complementares, será difícil afirmar que esse é o único determinante na hora da paquera. O mais provável é que vários aspectos psíquicos, sociais, culturais, fisiológicos – e até genéticos, por que não? – contribuam para fazer nosso coração acelerar por alguém.

Fonte: Mente e Cérebro Notícias

Psicólogo transexual e travesti pode colocar nome social na carteira

Globo Notícias | em Sexta, 08 Julho 2011 05:52

  • O Diário Oficial da União publicou em 24/06/2011 uma resolução do Conselho Federal de Psicologia que autoriza psicólogos transexuais e travestis a incluir na carteira de identidade profissional um nome social pelo qual desejam ser chamados.

Segundo a resolução nº 14, datada de 20 de junho de 2011, o nome social do profissional será inserido no campo de “observação” da carteira.

Para que isso ocorra, a pessoa interessada deverá solicitar por escrito ao Conselho Regional de Psicologia a “inclusão do prenome que corresponda à forma pela qual se reconheça e é identificada, reconhecida e denominada por sua comunidade e em sua inserção social”, diz o texto.
A resolução autoriza o profissional a usar o nome social como assinatura em documentos do trabalho, desde que seja colocado junto o seu nome e registro profissional.
Assinada pelo presidente do Conselho Federal de Psicologia, Humberto Cota Verona, a resolução entra em vigor nesta sexta-feira, data de sua publicação.

Fonte: Globo Notícias

sábado, 2 de julho de 2011

MARCO INICIAL DAS ATIVIDADES DE PARCERIA DA PSICOLOGIA ASSOBECATY COM A ESCOLA ESTADUAL AGLAE KEHL UM OLHAR PARA O CUIDADO COM TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO

Com o objetivo de firmarmos uma parceria entre o Departamento de Psicologia da  ASSOBECATY com a ESCOLA ESTADUAL AGLAE KEHL, situada no Bairro COHAB em Guaíba/RS, realizou  uma atividade no dia 20.05.2011, onde buscou-se primeiramente conhecer o quadro de professores da escola, trabalhadores em educação, que também estão na condição de cuidadores ao desempenharem suas atividades funcionais em colégios e tendo em vista que a base de seu trabalho é focada nos alunos (pessoas que necessitam de cuidados).Imagem0150
Esta atividade inaugural visou sensibilizar os professores, através de uma pequena reflexão para a questão do cuidado, uma vez que o ambiente escolar é muitas vezes a extensão dos lares do seu corpo discente, os alunos, sendo também o palco de repetição de muitos conflitos ocorridos no seio familiar, onde a escola por vezes é o refúgio para a fuga de um cenário repleto de violência, negligência e tantas outras violações de direitos humanos.
Procuramos abordar também o tema trabalho, por estarmos no mês de maio, que compreende duas datas alusivas ao tema trabalho correspondendo aos dias 1º e 13 de maio, datas que deveriam servir à reflexão, assim apontadas por alguns professores durante a realização da atividade, sendo a primeira um marco ao Dia do Trabalhador e a segunda respectivamente por fazer alusão ao trabalho escravo, à libertação, conceito e ação discutível até nossos dias atuais.
Desse modo, procurando pensar a questão do trabalho e o cuidado, encontramos na literatura de saúde a expressão “cuidado” para referir-se às relações centrais dos projetos no modo de ser dos humanos, com os modos de compreender a si e ao seu mundo e com seus modos de agir e interagir. Assim, entendemos que o trabalho é um dos diferentes modos de subjetivação do ser humano, envolve seu projeto de vida, muitas vezes o projeto de felicidade, por dar sentido a sua existência como ser social, dando um sentido além de um caráter simplista de utilitarismo ou ser produtivo a serviço apenas da produção de um capital material, sem o provimento de um sentido para este trabalho.
Imagem0153Finalmente, de tudo que discorremos teoricamente, pudemos constatar na prática vivencial desta atividade proposta que para o grupo, a equipe de professores desta instituição de ensino, o trabalho e o cuidado com o ser humano envolve diferentes significados e sentimentos. Essa proposta de trabalho é uma construção conjunta entre profissionais educadores e profissionais de saúde e áreas afins da ASSOBECATY, que teve início nesta data (20.05.2011), mas não tem data prevista para seu término, visto que é um processo construtivo, onde as demandas grupais de cada encontro delinearam o foco de nosso trabalho.
Débora Lúcia de Souza e Silva
Psicóloga - CRP/RS 07/15877
ASSOBECATY-Guaíba/RS

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ASSOBECATY  http://pontodeescutaassobecaty.blogspot.com

MARCO INICIAL DAS ATIVIDADES DE PARCERIA DA PSICOLOGIA ASSOBECATY COM A ESCOLA ESTADUAL AGLAE KEHL UM OLHAR PARA O CUIDADO COM TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO

 

Com o objetivo de firmarmos uma parceria entre o Departamento de Psicologia da  ASSOBECATY com a ESCOLA ESTADUAL AGLAE KEHL, situada no Bairro COHAB em Guaíba/RS, iniciamos uma atividade no dia 20.05.2011, onde buscou-se primeiramente conhecer o quadro de professores da escola, trabalhadores em educação, que também estão na condição de cuidadores ao desempenharem suas atividades funcionais em colégios e tendo em vista que a base de seu trabalho é focada nos alunos (pessoas que necessitam de cuidados).Imagem0150
Esta atividade inaugural visou sensibilizar os professores, através de uma pequena reflexão para a questão do cuidado, uma vez que o ambiente escolar é muitas vezes a extensão dos lares do seu corpo discente, os alunos, sendo também o palco de repetição de muitos conflitos ocorridos no seio familiar, onde a escola por vezes é o refúgio para a fuga de um cenário repleto de violência, negligência e tantas outras violações de direitos humanos.
Procuramos abordar também o tema trabalho, por estarmos no mês de maio, que compreende duas datas alusivas ao tema trabalho correspondendo aos dias 1º e 13 de maio, datas que deveriam servir à reflexão, assim apontadas por alguns professores durante a realização da atividade, sendo a primeira um marco ao Dia do Trabalhador e a segunda respectivamente por fazer alusão ao trabalho escravo, à libertação, conceito e ação discutível até nossos dias atuais.
Desse modo, procurando pensar a questão do trabalho e o cuidado, encontramos na literatura de saúde a expressão “cuidado” para referir-se às relações centrais dos projetos no modo de ser dos humanos, com os modos de compreender a si e ao seu mundo e com seus modos de agir e interagir. Assim, entendemos que o trabalho é um dos diferentes modos de subjetivação do ser humano, envolve seu projeto de vida, muitas vezes o projeto de felicidade, por dar sentido a sua existência como ser social, dando um sentido além de um caráter simplista de utilitarismo ou ser produtivo a serviço apenas da produção de um capital material, sem o provimento de um sentido para este trabalho.
Imagem0153Finalmente, de tudo que discorremos teoricamente, pudemos constatar na prática vivencial desta atividade proposta que para o grupo, a equipe de professores desta instituição de ensino, o trabalho e o cuidado com o ser humano envolve diferentes significados e sentimentos. Essa proposta de trabalho é uma construção conjunta entre profissionais educadores e profissionais de saúde e áreas afins da ONG ASSOBECATY, que teve início nesta data (20.05.2011), mas não tem data prevista para seu término, visto que é um processo construtivo, onde as demandas grupais de cada encontro delinearam o foco de nosso trabalho.
Débora Lúcia de Souza e Silva
Psicóloga - CRP/RS 07/15877
ONG ASSOBECATY-Guaíba/RS

 

junho de 2011 Convocatória para Editor/a da Revista Psicologia & Sociedade

29 de A ABRAPSO torna pública a Convocatória para o Processo Seletivo de Escolha de Editor/a da Revista Psicologia & Sociedade, periódico da Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO) - Gestão 2012/2015. A convocatória está aberta em âmbito nacional e os requisitos para candidatos/as estão em Convocatórial disponível no site abrapso@abrapso.org.br

Desde 1985, a ABRAPSO a revista Psicologia & Sociedade, atualmente classificada como A2 pela Avaliação de Periódicos da CAPES. Este periódico está disponível on-line via Scielo (Scientific Electronic Library Online -www.scielo.br/psoc desde o volume 14 (referente ao ano de 2002). É um periódico especializado que tem como objetivo publicar, disseminar e promover o intercâmbio de informações sobre estudos, pesquisas e intervenções no campo da Psicologia Social.

O período de inscrições irá de 30 de junho a 15 de agosto de 2011 (data de postagem, via eletrônica paraabrapso@abrapso.org.br). O resultado da seleção será encaminhado pela Comissão Julgadora ao Conselho Diretor da ABRAPSO para aprovação, sendo então divulgado no sitewww.abrapso.org.br até dia 31 de agosto de 2011 e homologada em Assembléia Geral da ABRAPSO, durante 16º Encontro Nacional, em Recife. A posse do/a novo/a Editor/a ocorrerá em 02 de janeiro de 2012, sendo válida para a revista volume 24, número 1, de 2012.

Mais informações, favor entrar em contato por e-mail abrapso@abrapso.org.br
Visualize a convocatória, clicando aqui!

Benedito Medrado, Direção Nacional da ABRAPSO
Kátia Maheirie, Editora Geral da Revista

Caso não esteja conseguindo visualizar esta mensagem,  clique aqui.

ABRAPSO - Associação Brasileira de Psicologia Social
http://www.abrapso.org.br/

O mesmo para todas as brasileiras

 

por Luciana Holtz*

“Eu quero que todas as mulheres do Brasil tenham acesso às mesmas coisas que eu tive. Sou beneficiária de uma prevenção. Eu tive um câncer, o câncer foi detectado no princípio e eu tive um processo de cura.” A presidente Dilma Rousseff pronunciou tais palavras durante o lançamento das ações de fortalecimento dos programas nacionais de controle do câncer de mama e do colo do útero, em Manaus, no dia 22 de março. Os programas, que integram a Política Nacional de Atenção Oncológica, apresentam ações de abrangência nacional previstas para os próximos quatro anos – com investimentos da ordem de R$ 4,5 bilhões –, de controle do câncer de mama e do colo do útero, neoplasias mais incidentes entre mulheres brasileiras, e que, se diagnosticadas precocemente, apresentam grandes chances de cura. O Brasil terá, este ano, aproximadamente 18,5 mil novos casos de câncer de colo de útero e 49,2 mil de câncer de mama, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca).

A ampliação da cobertura nacional à mamografia, a criação de 20 centros especializados no diagnóstico e tratamento do tumor no colo do útero nas regiões Norte e Nordeste, e o prazo máximo de 60 dias para o início do tratamento das mulheres diagnosticadas com câncer, foram medidas destacadas pela presidente, mulher curada de um câncer e consciente da importância imperativa na atenção especial à saúde da mulher.

cancer-mamaPara que mulheres brasileiras atingidas pelo câncer tenham chances reais de vencê-lo, assim como Dilma Rousseff, algumas prerrogativas são essenciais e fundamentais. A presidente brasileira, assistida pelas mesmas leis que quaisquer das quase 97,5 milhões de conterrâneas, está curada, pois teve acesso ao diagnóstico precoce, foi assistida por profissionais altamente qualificados, realizou a cirurgia diagnóstica imediatamente após ter os primeiros sintomas, obtendo rapidamente o diagnóstico de câncer, iniciou as fases do tratamento posteriores ao diagnóstico em curto espaço de tempo, teve acesso às drogas mais modernas do mercado, mesmo as não incorporadas na lista do Sistema Único de Saúde (SUS) na época do seu tratamento.

O Brasil tem avançado na formatação dos programas de prevenção aos cânceres que atingem a mulher, porém estes avanços ainda não levaram à grande adesão que seria necessária para reduzir as mortes pelo câncer.

Diretrizes de tratamento propostas pelo Ministério ainda deixam de contemplar importantes aspectos necessários à erradicação das mortes pelo câncer de mama e colo de útero. A idade mínima para o rastreamento do câncer de mama, por exemplo, recomendada pelo Ministério da Saúde é de 50 anos, em descompasso com a idade de 40 anos que é consenso entre oncologistas e mastologistas. Ainda em relação ao câncer de mama, a não incorporação no SUS de medicações que alvejam a proteína Her-2 (presente em um quarto dos casos de câncer) tira a chance de cura ou de prolongar a sobrevida de um grande número de mulheres a cada ano. Sobre o câncer de colo de útero, a não incorporação da vacinação para HPV não se justifica, já que toda a estratégia de rastreamento não tem conseguido a adesão necessária à redução da mortalidade e, sabidamente, a vacina eliminaria mais de 90% das lesões precursoras do câncer. Também, a formatação de projetos regionais de educação em saúde deve ser avaliada.

O tratamento que livrou a presidente Dilma Rousseff do câncer foi de excelência incontestável. Quando todas as mulheres e homens brasileiros atingidos pela doença forem atendidos com a mesma primazia, a realidade do câncer no país – ainda demarcada por barreiras quase instransponíveis como o alto grau de desinformação, baixo acesso às ações e serviços de saúde e a não prontidão na realização de todas as fases do tratamento –, será diferente.

Queremos um Brasil sem preconceito, sem sofrimento e sem mortes causadas pelo câncer.

* Luciana Holtz é presidente do Instituto Oncoguia.

** Publicado originalmente no site EcoD.

Fonte; Universidade Livre Feminista