segunda-feira, 30 de maio de 2011

Freud vive, mas só para quem tem “cash”

 

DOYLESTOWN, Pa. —Solit

de Luiz Carlos Azenha

 

Talk Doesn’t Pay, So Psychiatry Turns Instead to Drug Therapy

por GARDINER HARRIS, no New York Times (Tradução parcial, siga o link para o conteúdo completo, em inglês)

Publicado em 5 de março de 2011

O Honorário com seu psiquiatra, o paciente confidenciou que o filho recém-nascido tinha sérios problemas de saúde, a mulher abalada gritava com ele e ele tinha voltado a beber. Com a vida e o segundo casamento desabando, o homem disse que precisava de ajuda.

Mas o psiquiatra, Dr. Donald Levin, fez o homem parar e disse: “Segura. Não sou seu terapeuta. Poderia ajustar suas medicações, mas não acho que seria apropriado”.

Como muitos dos 48 mil psiquiatras da nação [Estados Unidos], o Dr. Levin, em grande parte por causa das mudanças na forma de pagamento das companhias de seguro de saúde, não oferece mais terapia de fala, a forma de psiquiatria popularizada por Sigmund Freud que dominou a profissão por décadas. Em vez disso, ele receita drogas, normalmente depois de uma rápida consulta com cada paciente. E assim o Dr. Levin dispensou o paciente com uma indicação de um terapeuta mais barato e uma crise pessoal inexplorada e não resolvida.

A Medicina está mudando rapidamente nos Estados Unidos, de uma atividade pessoal para uma dominada por grandes grupos de hospitais e corporações, mas as novas eficiências são acompanhadas por uma perda de intimidade entre médicos e pacientes. E nenhuma especialidade perdeu mais profundamente que a psiquiatria.

Treinado como psiquiatra tradicional no Michael Reese Hospital, um centro médico de Chicago que desde então fechou, Dr. Levin, de 68 anos de idade, abriu seu primeiro consultório em 1972, quando a terapia de fala estava no ápice.

Então, como muitos psiquiatras, ele tratava de 50 a 60 pacientes em sessões de 45 minutos cada, uma ou duas vezes por semana. Agora, como muitos dos colegas, ele trata 1.200 pessoas, na maioria em visitas de 15 minutos para ajustes nas medicações, encontros que às vezes acontecem em intervalos de meses. Então, ele conhecia a vida pessoal dos pacientes melhor que o de sua própria esposa; agora, ele em geral nem consegue lembrar os nomes. Então, o objetivo do médico era tornar os pacientes felizes e completos; agora, é apenas mantê-los funcionais.

O Dr. Levin achou a transição difícil. Ele agora resiste a ajudar pacientes apenas a gerenciar melhor suas vidas. “Tive que me treinar para não se interessar pelos problemas deles”, ele disse, “sem derrapar para o caminho de me tornar um semi-terapeuta”.

Consultas rápidas se tornaram comuns na psiquiatria, disse o Dr. Steven S. Sharfstein, um ex-presidente da Associação Americana de Psiquiatria e agora presidente e executivo-chefe do Sheppard Pratt Health System, o maior sistema de saúde comportamental de Maryland.

“É uma prática que nos faz lembrar do atendimento primário”, disse o Dr. Sharfstein. “Checam as pessoas; sacam o talão de receitas; pedem exames”.

Com o cabelo ralo, a barba cinza e os óculos sem armação, o Dr. Levin se parece muito com os psiquiatras que apareceram durante décadas nos cartuns da [revista] New Yorker. O escritório dele, que fica acima do salão de cabeleireiro canino Dog Daze em um subúrbio da Filadélfia, tem um par de cadeiras de couro, máscaras africanas e a cabeça de uma alce na parede. Mas não há divã, nem sofá; o Dr. Levin não tem tempo nem espaço para que os pacientes se deitem.

Num dia recente, um homem de 50 anos visitou o Dr. Levin para renovar as receitas da medicação, um encontro que durou cerca de 12 minutos.

Dois anos atrás, o homem desenvolveu artrite reumatóide e ficou profundamente deprimido. O médico da família receitou um antidepressivo, sem efeito. O homem tirou licença do trabalho em uma companhia de seguros, se recolheu ao porão e raramente saia de casa.

“Eu fiquei como um urso, hibernando”, ele disse.

Missing the Intrigue

O homem procurou por um psiquiatra que fizesse terapia de fala, que receitasse se fosse necessário e que aceitasse seu plano de saúde. Não encontrou. Decidiu-se pelo Dr. Levin, que o persuadiu a fazer terapia de fala com um psicólogo e gastou meses ajustando um mix de medicações que agora inclui diferentes antidepressivos e um antipsicótico. O homem eventualmente retornou ao trabalho e agora sai de casa para ir ao cinema e visitar amigos.

A recuperação do paciente foi gratificante para o Dr. Levin, mas a brevidade das consultas — como as de todos os pacientes — deixa o médico se sentindo incompleto.

“Tenho saudade do mistério e do enredo da psicoterapia”, ele disse. “Agora me sinto com um mecânico de Volkswagen”.

“Sou bom nisso”, o Dr. Levin disse “mas não há muito a aprender sobre as drogas. É como [o filme] ‘2001, Odisseia no Espaço’, onde você tinha Hal, o supercomputador, sobreposto ao macaco com o osso. Sinto agora que sou o macaco com o osso”.

A mudança, das terapias de fala para as drogas, varreu os consultórios e os hospitais, deixando muito psiquiatras mais velhos se sentindo infelizes e inadequados. Um pesquisa governamental de 2005 indica que apenas 11% dos psiquiatras oferecem terapia de fala para todos os pacientes, um número que vem caindo há muitos anos e caiu ainda mais desde então. Hospitais psiquiátricos que no passado ofereciam meses de terapia de fala agora dispensam os pacientes dias depois da internação, apenas com as pílulas.

Estudos recentes sugerem que a terapia de fala pode ser tão boa ou melhor que as drogas no tratamento da depressão, mas menos da metade dos pacientes deprimidos hoje recebe esse tipo de terapia, quando a vasta maioria tinha acesso 20 anos atrás. As políticas de reembolso das companhias de seguro, que desencorajam as terapias de fala, são parte da razão. Um psiquiatra pode receber 150 dólares por três visitas de 15 minutos apenas para prescrever medicação, comparados com 90 dólares por uma consulta de 45 minutos envolvendo a terapia de fala.

A competição que vem de psicólogos e assistentes sociais — que, ao contrário dos psiquiatras, não estudam Medicina, portanto podem cobrar mais barato — é a razão pela qual a terapia de fala tem um valor menor na tabela das seguradoras. Não existem provas de que os psiquiatras ofereçam uma terapia de fala de melhor qualidade que psicólogos ou assistentes sociais.

Naturalmente, existem milhares de psiquiatras que ainda oferecem terapia de fala para todos os pacientes, mas eles cuidam mais dos ricos, que pagam em dinheiro. Em Nova York, por exemplo, um seleto grupo de psiquiatras cobra 600 dólares por hora para tratar banqueiros de investimento e os psiquiatras pediátricos cobram 2 mil dólares ou mais apenas na avaliação inicial do paciente.

Quando começou na psiquiatria, o Dr. Levin fazia sua própria agenda e pagava a estudantes universitários para enviar as cobranças pelo correio. Mas, em 1985, ele começou em uma série de empregos em hospitais e não voltou a ter um consultório até 2000, quando ele e mais de uma dúzia de psiquiatras com os quais trabalhava ficaram chocados ao descobrir que as companhias de seguro não pagariam mais o que eles pretendiam receber por sessões de terapia de fala.

“De início, todos nós seguramos firme, alegando que tinhamos passado anos aprendendo o ofício da psicoterapia e que não abriríamos mão dele por causa da política de pagamento das seguradoras”, o Dr. Levin disse. “Mas, um a um, nós aceitamos que o ofício não era mais economicamente viável. A maioria de nós tinha filhos na universidade. E ter a renda reduzida dramaticamente foi um choque para nós. Levei pelo menos cinco anos para aceitar emocionalmente que eu nunca voltaria a fazer o que tinha feito antes, o que eu amava”.

Ele poderia ter aceito viver com menos dinheiro ou poderia ter dado tempo aos pacientes mesmo sem receber reembolso da seguradora mas, diz, “eu queria me aposentar com o mesmo estilo de vida que eu e minha mulher tinhamos tido pelos últimos 40 anos”.

“Ninguém quer ganhar menos ao evoluir em sua carreira”, ele disse, “você toparia?”.

O Dr. Levin não revelou qual é sua renda. Em 2009, a compensação média anual para psiquiatras foi de cerca de 190 mil dólares, de acordo com pesquisas de grupos médicos. Para manter a renda, os médicos geralmente respondem aos cortes impostos pelas seguradoras aumentando o volume dos serviços, mas os psiquiatras raramente recebem compensação pelo treinamento adicional que tiveram na escola. A maioria se daria melhor financeiramente escolhendo outras especialidades médicas.

A Dr. Louisa Lance, uma ex-colega do Dr. Levin, pratica a velha forma de psiquiatria em um consultório ao lado de casa, a 20 quilômetros do Dr. Levin. Ela gasta 90 minutos com novos pacientes e marca as consultas de retorno para durar 45 minutos. Todos recebem terapia de fala. Cortar a relação com as seguradoras foi ameaçador, já que significa depender apenas da propaganda boca-a-boca, em vez das indicações da rede de médicos da seguradora, disse a Dra. Lance, mas ela não consegue imaginar uma consulta de 15 minutos. Ela cobra 200 dólares pela maioria das consulta e vê menos pacientes em uma semana que o Dr. Levin em um dia.

“A medicação é importante”, ela disse, “mas é o relacionamento que faz as pessoas melhorarem”.

As tentativas iniciais do Dr. Levin de conseguir reembolso das seguradoras ou persuadir os clientes a cobrir a parte que lhes cabe do valor da consulta não foram bem sucedidas. As assistentes do consultório simpatizavam com o choro dos pacientes e não recebiam os pagamentos. Então, em 2004, ele pediu à esposa, Laura Levin — uma terapeuta de fala licenciada, por ser assistente social — que assumisse o lado “negócio” do consultório.

A senhora Levin criou um sistema de contabilidade, comprou poderosos computadores, pagou licença de uso de um programa de agendamento de um hospital próximo e contratou uma empresa de cobrança para lidar com as seguradoras e ligar para os pacientes, lembrando-os das consultas. Ela impôs uma série de taxas nos pacientes: 50 dólares por uma consulta perdida, 25 dólares pelo fax de uma nova receita e 10 dólares extras por não pagar em dia o que é devido.

Assim que o paciente chega, a senhora Levin pede o co-pagamento [parte que cabe ao paciente, acima do pago pela seguradora], que pode ser de até 50 dólares. Ela marca as consultas seguintes sem perguntar por datas e horários preferidos, ganhando os minutos preciosos que os pacientes usariam para consultar seus calendários. Se os pacientes disserem mais tarde que não podem comparecer às consultas marcadas, pagam por isso.

“O segredo é o volume”, ela disse, “se gastamos dois ou cinco minutos extras com cada um dos 40 pacientes do dia, isso significa que vamos ter mais duas horas de trabalho por dia. E não temos como fazê-lo”.

Ela diz que gostaria de dar mais de si, particularmente aos pacientes que claramente enfrentam problemas. Mas ela se disciplinou para manter as interações restritas às questões presentes. “A realidade é que não sou mais terapeuta, ela disse, em palavras que ecoaram as do marido.

PS do Viomundo: Dá uma ideia do que se tornou, hoje, nos Estados Unidos, a “Medicina de mercado”. E vamos pelo mesmo caminho, especialmente se detonarem o SUS.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Pesquisa mapeia sexologia no Brasil

 

Os resultados da pesquisa “Sexualidade, Ciência e Profissão no Brasil” já estão disponíveis para download. O lançamento aconteceu no último dia 13, em mesa redonda coordenada pelo antropólogo Sergio Carrara e que reuniu as pesquisadoras Jane Russo (IMS/UERJ) e Fabíola Rohden (UFRGS), coordenadoras da pesquisa no Brasil.
Os resultados do relatório referente ao Brasil, que teve a participação dos pesquisadores Igor Torres, Livi Faro e Marina Nucci, mostram de que maneira o campo profissional da Sexologia se estrutura no país. O mapeamento do campo foi realizado a partir de análise de publicações, investigações em eventos e congressos e entrevistas com os principais profissionais da área. O relatório brasileiro faz parte da pesquisa “Sexualidade, Ciência e Profissão na América Latina”, que é fruto de uma parceria entre o CLAM/IMS/UERJ e o Inserm (Instituto Nacional de Saúde e da Pesquisa Médica), da França. O relatório brasileiro é o primeiro de uma série de resultados de países latino-americanos, entre eles Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru.
Durante a mesa redonda foi discutida a chamada “medicalização da sexualidade”. No Brasil, a institucionalização da sexologia aconteceu na década de 80, época da criação do Núcleo de Sexologia da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro (SGORJ). “A sexologia surge a partir da medicina, mais especificamente da ginecologia obstetrícia, mas já começa sendo um campo multiprofissional, que conta com médicos, psicólogos, educadores”, explicou Jane Russo.
A partir dos anos 90, o campo da sexologia é deslocado para a urologia, com o surgimento da medicina sexual, que tem foco na sexualidade masculina e em disfunções sexuais de homens. “Se antes o foco da sexologia eram as mulheres, com a emergência da medicina sexual o foco passa a ser o público masculino e a sexualidade passa a ser concebida a partir de uma perspectiva totalmente biomédica”, relatou a pesquisadora.
Atualmente, a medicina sexual conta com amplo financiamento por parte de laboratórios farmacêuticos, que patrocinam congressos e seminários promovidos pelaAbeis (Associação Brasileira para o Estudo da Inadequação Sexual). “A medicina sexual parece estar ocupando um espaço antes ocupado por teorias e visões psicológicas do ser humano, das quais a sexologia fazia parte”, completou.
“A medicina sexual é muito profissionalizada e institucionalizada. Ela caminha lado a lado com a medicalização da sexualidade. Desde o lançamento do Viagra pelo laboratório Pfizer, em 1998, nós assistimos a uma nova era no processo de medicalização da sexualidade masculina”, afirmou a pesquisadora Fabíola Rohden (UFRGS), que, ao lado de Jane Russo, coordenou a equipe brasileira.
Outro assunto discutido durante o encontro foi a relação entre a medicalização e farmacologização da sexualidade e os direitos sexuais. Apresentada na fala da pesquisadora Fabíola Rohden, a
New View Campaign é um exemplo de organização voltada para a garantia dos direitos sexuais. Criada em 2000 pela sexóloga canadense Leonore Tiefer, a organização busca estabelecer uma crítica ao modelo médico e às indústrias que promovem drogas voltadas à sexualidade feminina. “Esse movimento se opõe à noção de uma ‘sexualidade feminina normal’, afirmando que a sexualidade da mulher é mais complexa. A perspectiva é interessante, no entanto, precisamos ficar atentos a uma reificação dos gêneros”, alertou Fabíola Rohden.
O próximo passo da pesquisa latino-americana é realizar uma análise comparativa entre os campos da sexologia nos países pesquisados. O relatório com os dados recolhidos na Argentina será o próximo a ser divulgado, ainda sem data definida.
Para ter acesso ao relatório brasileiro completo, clique aqui.

CLAM
[http://www.clam.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=_BR&infoid=8155&sid=7]--

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Agenda Cultural África no Rio Grande do Sul

Coisas do Povo do Santo, primeiro livro da série Pensando a África no Brasil, do Professor Sidnei Barreto Nogueira, será lançado na Feira do Livro em Guaíba no dia 2 de junho, às 18 hs. A sessão de autógrafos acompanhará a formação para os professores do municipio, compondo uma das ações previstas em cumprimento à lei 10.639, que torna parte do currículo escolar o estudo da história da África e dos africanos. O palestante é Mestre e Doutor em Semiótica e Linguística atuando como coordenador de curso e professor de Metodologia Científica e Língua Portuguesa em diferentes universidades em São Paulo.

Acompanha a obra do professor Sidnei, a convite do mesmo, uma explanação da Yalorixá Carmen de Oxalá, que introduz o leitor à desmistificação dos assuntos do Povo de Axé. Por conta desta parceria, a Associação Beneficente Cultural Africana Templo de Yemanjá - Assobecaty, terreiro da Yalorixá, é a anfitriã do professor, promovendo uma farta agenda cultural extensiva ao estado.

A oportunidade que a comunidade guaibense recebe é parte das comemorações pelo 77º aniversário do Terreiro.

    Acompanhe a Agenda:

2/06

Manhã e Tarde

Formação para professores municipais Lei  10.639  Guaiba

18 hs - Coquetel de Lançamento do 1º livro da Série Pensando a Brasil: Coisas do Povo do Santo.

Local: 22ª Feria do Livro -  Praça da Bandeira  , Centro de Guaiba  RS

3/06

9 horas - Formação para professores municipais Lei  10.639  Alvorada

12 horas e 15 min - Programa Estação Cultura TVE - Porto Alegre

à tarde - Formação para professores municipais Lei  10.639  Alvorada

19h - Lançamento do 1º livro da Série Pensando a África no Brasil: Coisas do Povo do Santo.

Local: Casa de Cultura Lufredina Gaya, Rua Padre Felipe nº 900, Esteio - RS.

4/06

   9 horas - Oficina da Língua Yorubá

12 horas - Entrevista em Rádios

à tarde - Oficina da Língua Yorubá

Local: Casa de Comunidade Tradicional de Terreiro ASSOBECATY-

Rua Wenceslau Fontoura nº 226- Jardim Santa Rita- Guaíba- RS

20 horas Casa de Cultura Mario Quintana  ( Lançamento do 1º livro da Série Pensando a África no Brasil: Coisas do Povo do Santo).

Local: Casa de Cultura Mário Quintana, sala A2B2 - 2º andar, Ala Oeste. Porto Alegre- RS

Agenda Cultural África no Rio Grande do Sul

Coisas do Povo do Santo, primeiro livro da série Pensando a África no Brasil, do Professor Sidnei Barreto Nogueira, será lançado na Feira do Livro em Guaíba no dia 2 de junho, às 18 hs. A sessão de autógrafos acompanhará a formação para os professores do municipio, compondo uma das ações previstas em cumprimento à lei 10.639, que torna parte do currículo escolar o estudo da história da África e dos africanos. O palestante é Mestre e Doutor em Semiótica e Linguística atuando como coordenador de curso e professor de Metodologia Científica e Língua Portuguesa em diferentes universidades em São Paulo.

Acompanha a obra do professor Sidnei, a convite do mesmo, uma explanação da Yalorixá Carmen de Oxalá, que introduz o leitor à desmistificação dos assuntos do Povo de Axé. Por conta desta parceria, a Associação Beneficente Cultural Africana Templo de Yemanjá - Assobecaty, terreiro da Yalorixá, é a anfitriã do professor, promovendo uma farta agenda cultural extensiva ao estado.

A oportunidade que a comunidade guaibense recebe é parte das comemorações pelo 77º aniversário do Terreiro.

    Acompanhe a Agenda:

2/06

Manhã e Tarde

Formação para professores municipais Lei  10.639  Guaiba

18 hs - Coquetel de Lançamento do 1º livro da Série Pensando a Brasil: Coisas do Povo do Santo.

Local: 22ª Feria do Livro -  Praça da Bandeira  , Centro de Guaiba  RS

3/06

9 horas - Formação para professores municipais Lei  10.639  Alvorada

12 horas e 15 min - Programa Estação Cultura TVE - Porto Alegre

à tarde - Formação para professores municipais Lei  10.639  Alvorada

19h - Lançamento do 1º livro da Série Pensando a África no Brasil: Coisas do Povo do Santo.

Local: Casa de Cultura Lufredina Gaya, Rua Padre Felipe nº 900, Esteio - RS.

4/06

   9 horas - Oficina da Língua Yorubá

12 horas - Entrevista em Rádios

à tarde - Oficina da Língua Yorubá

Local: Casa de Comunidade Tradicional de Terreiro ASSOBECATY-

Rua Wenceslau Fontoura nº 226- Jardim Santa Rita- Guaíba- RS

20 horas Casa de Cultura Mario Quintana  ( Lançamento do 1º livro da Série Pensando a África no Brasil: Coisas do Povo do Santo).

Local: Casa de Cultura Mário Quintana, sala A2B2 - 2º andar, Ala Oeste. Porto Alegre- RS

Brasileiro é condenado à prisão perpétua na Suíça por estuprar menina de 4 anos

uma menina de quatro anos na cidade suíça de Lucerna, foi condenado à prisão perpétua após o Tribunal Federal suíço rejeitar nesta quinta-feira (26/05) um último recurso. No dia do crime, o homem, que na ocasião tinha 21 anos, iria se encontrar com um traficante de cocaína, mas errou de apartamento. Na outra casa estavam uma mulher de 77 anos e sua neta, de quatro. Após bater na avó até deixá-la inconsciente, ele estuprou a menina.
O agressor foi detido e identificado por meio de um teste de DNA. Em um primeiro momento, ele foi condenado à prisão perpétua, mas após a apresentação de um primeiro recurso ao Tribunal Federal, esta sentença foi cancelada e o tribunal cantonal de Lucerna o condenou a sete anos de prisão por estupro, relações sexuais com crianças e lesões corporais graves.
Ele também foi obrigado a passar um tratamento psicoterapêutico em uma clínica. Nesta quinta-feira, no entanto, o Tribunal Federal confirmou a condenação à prisão perpétua depois que uma investigação realizada em 2010 mostrou, de acordo com os analistas, que o homem era "incurável" e que o tratamento não podia ter êxito.

Leia mais:
A pena de morte é efetiva?
ONU denuncia pelo menos 303 estupros no Congo ex-Zaire
Garoto de 13 anos pode ser condenado à prisão perpétua nos EUA
ONU reconhece que pode ter falhado na proteção de mulheres e crianças no Congo
Fonte: Universidade Livre Feminista

terça-feira, 24 de maio de 2011

O aborto através de uma abordagem sociológica

[http://www.ipas.org.br/arquivos/AbortoClandestino_AbordagemSociolagica.pdf]
Simone Mendes Carvalho
Graciele Oroski Paes
Joséte Luzia Leite
RESUMO

Esse estudo teve como principal objetivo analisar a experiência de mulheres jovens que recorreram ao aborto clandestino, visando contribuir para a melhoria dos serviços saúde reprodutiva na atenção primária à saúde, na perspectiva da integralidade e da promoção da saúde. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que se fundamenta nas especificidades inerentes à pesquisa social, compatível com o tratamento do tema do abortamento clandestino em jovens como fenômeno social complexo. O aumento da fecundidade entre jovens e adolescentes e as práticas de abortamento inseguro, são fatores preocupantes na saúde reprodutiva desse grupo, principalmente quando ocorrem em situações sociais caracterizadas pelo desemprego, a baixa escolaridade e a pobreza, os quais geram situações de extrema vulnerabilidade. Entrevistas semi-estruturadas foram realizadas com 16 mulheres jovens de 18 a 29 anos que tinham recorrido ao aborto clandestino em algum momento de suas vidas, sendo referidas das unidades atendidas pelo Programa Saúde da Família do município de Cabo Frio – RJ. Os resultados dessa pesquisa mostraram uma rede vulnerável, entrelaçada por várias situações, dentre elas: a dificuldade financeira, a gravidez precoce, a instabilidade na relação com o parceiro bem como a dificuldade na tomada das decisões reprodutivas. A ocorrência dos casos de aborto foi maior em gravidezes resultantes de relações instáveis e com parceiros diferentes, num contexto de dificuldades financeiras, podendo este ser considerado como o fim da linha do processo da desfiliação, em contextos onde o desemprego e a pobreza fragilizam as relações familiares, e essas não conseguem ter sustentabilidade.
Clique aqui
AbortoClandestino_AbordagemSociolagica.pdf (objeto application/pdf)

terça-feira, 17 de maio de 2011

Lei "matem os gays"de Uganda derrotada:

Lei "matem os gays"de Uganda derrotada:Lei "matem os gays"de Uganda derrotada:

Caros amigos,

Frank Mugisha e outros corajosos defensores dos direitos humanos entregando nossa petição ao parlamento ugandense logo antes de os líderes desistirem da lei de pena de morte a gays.

A lei homofóbica de Uganda caiu! Parecia que seria aprovada na semana passada, mas depois da petição com 1,6 milhão de assinaturas entregue ao parlamento, das dezenas de milhares de chamadas telefônicas para nossos governos, das centenas de reportagens na mídia sobre nossa campanha e de uma manifestação global massiva, os políticos ugandenses desistiram da lei!
Estava prestes a ser aprovada -- extremistas religiosos tentaram aprovar a lei na quarta-feira, e então concordaram com uma sessão de emergência sem precedentes na sexta-feira. Mas a cada vez, no espaço de algumas horas, nós reagimos. Um enorme parabéns a todo mundo que assinou, ligou, encaminhou e dooupara essa campanha -- com sua ajuda, milhares de pessoas inocentes na comunidade gay de Uganda não acordam nessa manhã enfrentando a execução apenas por causa de quem escolheram amar.
Frank Mugisha, um corajoso líder da comunidade gay em Uganda, enviou-nos essa mensagem:
"Corajosos ativistas LGBT ugandenses e milhões de pessoas ao redor do mundo ficaram juntos e enfrentaram essa horrenda lei homofóbica. O apoio da comunidade global Avaaz pesou na balança para evitar que essa lei fosse adiante. A solidariedade global fez uma enorme diferença."
O Alto Representante da Secretaria de Negócios Estrangeiros da União Europeia também escreveu para a Avaaz:
"Muito obrigado. Como vocês sabem, em grande parte graças ao lobby intensivo e esforço combinado de vocês, de outros representantes da sociedade civil, da União Europeia e outros governos, mais nossa delegação e embaixadas no local, a lei não foi apresentada ao parlamento esta manhã."
Essa luta não acabou. Os extremistas por trás dessa lei podem tentar novamente dentro de apenas 18 meses. Mas essa é a segunda vez que ajudamos a derrubar essa lei, e nós vamos continuar até que os propagadores do ódio desistam.
Transformar as causas mais profundas da ignorância e do ódio por trás da homofobia é uma batalha histórica e de longo prazo, uma das grandes causas da nossa geração. Mas Uganda tornou-se uma linha de frente nessa batalha, e um símbolo poderoso. A vitória lá ecoa através de muitos outros lugares em que a esperança é extremamente necessária, mostrando que bondade, amor, tolerância e respeito podem derrotar ódio e ignorância. Novamente, um enorme obrigado a todos que tornaram isso possível.
Com enorme gratidão e admiração por essa incrível comunidade,
Ricken, Emma, Iain, Alice, Giulia, Saloni e toda a equipe Avaaz.
Destaques na mídia:
Uganda adia votação de lei que prevê a pena de morte para homossexuais:
http://br.noticias.yahoo.com/uganda-adia-vota%C3%A7%C3%A3o-lei-prev%C3%AA-pena-morte-aos-215904319.html
em Inglês:
Lei homofóbica engavetada:
http://www.bbc.co.uk/news/world-africa-13392723
A resposta da Avaaz ao resultado no The Guardian:
http://www.guardian.co.uk/world/2011/may/13/uganda-anti-gay-bill-shelved
Presidente ugandense não apoiou a lei por causa da "crítica dos grupos de direitos humanos":
http://www.sfgate.com/cgi-bin/article.cgi?f=/n/a/2011/05/13/international/i042638D37.DTL
Lei homofóbica adiada em meio a nossa manifestação:
http://www.news24.com/Africa/News/Uganda-shelves-anti-gay-bill-20110513
Lei "matem os gays"de Uganda derrotada:
http://af.reuters.com/article/topNews/idAFJOE74C0HP20110513

Apoie a comunidade da Avaaz! Nós somos totalmente sustentados por doações de indivíduos, não aceitamos financiamento de governos ou empresas. Nossa equipe dedicada garante que até as menores doações sejam bem aproveitadas -- clique para doar.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

MP sedia VII Jornada de Estudos sobre Abuso Sexual Infantil 11/05/

11/05/2011 11:15 (npianegonda)

Palestras serão realizadas no Palácio do Ministério Público

Em alusão ao Dia Nacional de Luta contra a Exploração Sexual e o Abuso Sexual
Infantil, no dia 18 de maio o Ministério Público recebe a VII Jornada de Estudos sobre
Abuso Sexual Infantil, promovido pela 11ª Promotoria de Justiça Criminal Extrajudicial
de Combate à Violência Doméstica Familiar Núcleo de Estudos e Pesquisas em
Adolescência (Nepa/Ufrgs), integrado pela promotora Veleda Maria Dobke.

A atividade, que tem como objetivo elucidar e problematizar aspectos relativos ao
tema, terá início as 14h, e acontece no auditório do Palácio do MP (Praça Marechal
Deodoro, 110, centro de Porto Alegre). Nesta edição, serão apresentadas e discutidas
considerações acerca da pedofilia, a partir de aspectos psicológicos, educacionais e
jurídicos.

Os painéis serão “Aspectos psicológicos sobre a pedofilia e a pessoa que exerce
o abuso sexual”, “Pedofilização como prática social contemporânea: construindo
sujeitos pedófilos?”, “Pedofilia: visão jurídica e criminológica”. A entrada é franca e as
inscrições devem ser feitas pelo e-mail nepa@ufrgs.br.

18 DE MAIO: DIA NACIONAL DE LUTA ANTIMANICOMIAL - 2011

Com um formato inusitado de Escola de Samba, a Liberdade Ainda que Tam, Tam, por 14 anos consecutivos, sai às ruas do centro de Belo Horizonte para:

- Comemorar o 18 de maio – Dia Nacional de Luta Antimanicomial,

- Chamar a atenção de toda a população para a luta contra o preconceito às pessoas em sofrimento mental,

- Propor e defender o fim dos hospitais psiquiátricos e a sua substituição por serviços abertos, públicos, de qualidade, que garantam o tratamento em liberdade e os direitos de cidadania a esta clientela, historicamente excluída da sociedade.

- Defender a Reforma Psiquiátrica Antimanicomial

Nesse ano de 2011, o 18 de Maio será a comemoração/celebração dos cinqüenta anos do livro A História da Loucura na Idade Clássica, lançado em 1961, na França,no qual localizamos os subsídios teóricos para os princípios da nossa luta. Seu autor é Paul-Michel Foucault, filósofo francês (1926-1984), um pensador insubmisso de nosso tempo.

Daí o tema do desfile deste ano: “HISTÓRIAS DA LOUCURA: MICHEL TAMBÉM CONTOU!” Esse exercício coletivo de pensamento possibilitou também nos reconhecermos continuadores da narrativa de Foucault na construção viva de novos capítulos da história da loucura. Os sub-temas a seguir compõem e organizam a seqüencia do enredo, com a Escola de Samba evoluindo com as seguintes alas:

1ª ala: “ENTREI DE GAIATO NO NAVIO”: refere-se à loucura antes de sua reclusão. Na Idade Média, nada de prisão ou hospital para os loucos. Ele vivia solto, errante, expulso das cidades às vezes, vagava pelos campos ou era entregue a comerciantes e marinheiros. São dessa época as embarcações denominadas Nau dos Insensatos que levavam os loucos de uma cidade a outra na Europa, por onde corriam os rios.

2ª ala:NO JARDIM DAS DELÍCIAS, O LOUCO É REI!”: discorrerá sobre a experiência da loucura, tão bem retratada na obra “O Jardim das Delícias” de Bosch. A experiência da loucura (os delírios e alucinações) esteve presente em todos os 18 de Maio. Para o coletivo que constrói esta manifestação, a expressão dessa vivência é quesito fundamental para a superação de mitos.

3ª ala: HOSPITAL TOTAL, PEGA UM, PEGA GERAL”: representará o momento da “captura”, o grande enclausuramento empreendido na Europa, o agrupamento dos miseráveis, desocupados, bêbados, mágicos, hereges, doentes venéreos, alquimistas e os loucos. Todos os excomungados sociais colocados num único espaço. “Coincidências” à parte, tudo isso ocorre em pleno advento do capitalismo e, portanto, são os inadaptados e improdutivos que vão habitar as casas de correção e os ditos hospitais gerais (nomeação dos espaços de confinamento, mas que nada têm a ver com o que chamamos hoje de hospital).

4ª ala: “A RAZÃO ARRASOU, O HOSPÍCIO CHEGOU!”: apresentará o nascimento da psiquiatria e do hospital psiquiátrico da maneira que conhecemos hoje. Será o encobrimento da loucura como saber que expressa a experiência trágica do homem no mundo, impossibilitando a troca entre um saber e outro. Inaugura-se o monólogo da razão sobre a loucura e a concepção de doença mental.

5ª ala: “TERRA À VISTA!”: é a ala das crianças e adolescentes. Mostrará que a história continua, mas num outro sentido: o da sociedade sem manicômios. Inventividade e sensibilidade estão presentes nos serviços substitutivos ao manicômio; o novo modelo de tratamento, o cuidado em liberdade e o resgate da loucura enquanto experiência humana. Temos sim o que festejar e o que sustentar! Mil vivas às conquistas de um novo tempo para a diferença.

6ª ala: Ô ABRE ALAS QUE EU QUERO PASSAR, EU SOU DA LUTA NÃO POSSO CALAR!: a ala dos movimentos sociais tratará de outras obras de Foucault, que também refletiu sobre as prisões, a sexualidade, a clínica, as práticas jurídicas, em livros como a História da Sexualidade, Microfísica do Poder, Vigiar e Punir. Foucault nos diz que a partir do momento em que há uma relação de poder, há uma possibilidade de resistência e que é possível modificar uma dominação sob determinadas condições e conforme estratégia adequada. Convocamos todos os movimentos sociais para fechar o desfile com esta história que não tem fim, até chegarmos à realidade de uma sociedade sem manicômios.

PARTICIPAM DESTE DESFILE OS USUÁRIOS, FAMILIAES E TRABALHADORES DE TODOS OS SERVIÇOS SUBSTITUTIVOS DE BELO HORIZONTE, IPATINGA, JOÃO MONLEVADE, NOVA LIMA, RIBEIRÃO DAS NEVES, SÃO JOAQUIM DE BICAS, BETIM, CONTAGEM, BRUMADINHO, SABARÁ, IGARAPÉ, PEDRO LEOPOLDO, ESMERALDAS, ENTRE INÚMEROS OUTROS.

ALÉM DELES, VÁRIOS COLETIVOS DE ESTUDANTES DA UFMG, UNIFENAS, CIÊNCIAS MÉDICAS, FUMEC E NEWTON PAIVA, ENTIDADES DE DIREITOS HUMANOS, DE CATEGORIAS PROFISSIONAIS, ETC

PROMOÇÃO:

FÓRUM MINEIRO DE SAÚDE MENTAL E ASSOCIAÇÃO DOS USUÁRIOS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE MENTAL DE MINAS GERAIS

APOIO:

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE BELO HORIZONTE

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA

CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA – 4ª REGIÃO

VEREADOR ARNALDO GODOY

DEPUTADO ESTADUAL ROGÉRIO CORREIA

SINDICATO DOS FARMACÊUTICOS DE MINAS GERAIS

SINDICATO DOS PSICÓLOGOS DE MINAS GERAIS

CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA

DIA: 18 DE MAIO (4ª FEIRA)

LOCAL: PRAÇA SETE (QUARTEIRÃO FECHADO DA RUA RIO DE JANEIRO)

CONCENTRAÇÃO: À PARTIR DE 13 HORAS

INÍCIO DO DESFILE: 14:30 HORAS

TRAJETO: PRAÇA SETE, AVENIDA AFONSO PENA, AV. ÁLVARES CABRAL, AV. AUGUSTO DE LIMA, RUA RIO DE JANEIRO, TERMINANDO O DESFILE NO QUARTEIRÃO FECHADO DA RUA RIO DE JANEIRO ESQUINA COM TAMOIOS.

SAMBA ENREDO DO 18 DE MAIO/2011: COMPOSTO E EXECUTADO POR UM USUÁRIO DOS SERVIÇOS SUBSTITUTIVOS DE SAÚDE MENTAL DE BELO HORIZONTE, JULIANO DA SILVA, USUÁRIO DO CERSAM LESTE E DO CENTRO DE CONVIVÊNCIA ARTHUR BISPO DO ROSÁRIO

SOU O REI DA LOUCURA

Autor: Juliano da Silva (usuário do CERSAM Leste e Centro de Convivência Arthur Bispo do Rosário)

REFRÃO

Sou o rei da loucura

Da loucura sou realeza

Com o samba na cintura

Eu sou maluco beleza

Desfilo na passarela

A minha fantasia é a mais bela

No Jardim das Delícias

Eu sou Adão e você e minha Eva

REFRÃO

Foucault fez da literatura

A expressão da loucura

Que expressa nossa luta

Contra a falsa ditadura

REFRÃO

Somos tão diferentes

E ao mesmo tempo

Somos iguais pois

A nossa igualdade

É lutarmos pelos nossos ideais

REFRÃO

Michel contou a história

No nosso presente

Para mexer com o mundo

Em prol de quem é diferente

Nada como o tempo e a mão das estações.

"por isso eu não deixo de caminhar.. não deixo de procurar"

Movimentos Sociais e Saúde Hoje: Novos tempos, novas Necessidades , novas estratégias


[http://www4.ensp.fiocruz.br/biblioteca/home/exibedetalhesBiblioteca.cfm?ID=12242&tipo=B]

Movimentos sociais e saúde hoje: novos tempos, novas necessidades, novas estratégias - Mª Inês S. Bravo
Palestra proferida por Maria Inês Souza Bravo, professora da Faculdade de Serviço Social da Uerj, durante o Ciclo de Debates - Conversando sobre a Estratégia de Saúde da Família, realizada no Auditório Térreo da ENSP no dia 9 de maio de 2011. A atividade contou ainda com a participação do vice-diretor da Escola de Governo em Saúde, Marcelo Rasga Moreira, como debatedor da palestra e teve a coordenação do pesquisador da ENSP, Eduardo Stotz.
A professora destacou que a saúde é um componente fundamental da democracia por ser determinada por um conjunto de direitos como também por ter potencial revolucionário e de consenso.
Arquivo disponível para leitura, audição e/ou download aqui
Dando início às atividades da sétima edição do Ciclo de Debates - Conversando sobre a Estratégia de Saúde da Família - nessa segunda (9/5), no auditório térreo da ENSP, a professora da Faculdade de Serviço Social da Uerj, Maria Inês Souza Bravo, abordou o temaMovimentos sociais e saúde hoje: novos tempos, novas necessidades, novas estratégias. A professora destacou que a saúde é um componente fundamental da democracia, uma vez que é determinada por um conjunto de direitos, como também pelo potencial revolucionário e de consenso. A atividade contou ainda com a participação do vice-diretor da Escola de Governo em Saúde, Marcelo Rasga, como debatedor da palestra, e coordenação do pesquisador da ENSP, Eduardo Stotz.
Maria Inês iniciou o debate abordando dois pontos fundamentais: o potencial revolucionário e o consenso. O primeiro é destacado pelo fato da saúde se constituir em um campo privilegiado da luta de classe em que se chocam as concepções de vida das diferentes classes sociais. Já o consenso pode unir um conjunto de forças para empreender lutas para a sua conquista. Para Inês, a distribuição desse direito é motivo de dissenso. "Com base nesta concepção, destaca-se a importância das lutas dos movimentos sociais", citou a professora.
Em seguida, Inês contextualizou a luta pela saúde na abertura política. Segundo ela, partir da década de 90, consolida-se uma direção política das classes dominantes no processo de enfrentamento da crise brasileira, tendo como estratégias do grande capital a acirrada crítica às conquistas sociais da Constituição de 1988 e a construção de uma cultura persuasiva para difundir e tornar universal sua visão do mundo. A professora destacou também a participação dos movimentos sociais e a saúde a partir da década de 90. "Houve uma fragilização das lutas sociais como uma atitude defensiva dos movimentos sociais, tornando assim um campo propício para as tendências neocorporativas e individualistas", afirmou.
A professora ressaltou ainda as condições históricas que demarcam o debate atual dos Conselhos, que, segundo ela, "são mecanismos de democratização do poder na perspectiva de estabelecer novas bases de relação Estado-Sociedade, e a introdução de novos sujeitos políticos, além de inovar na Gestão das Políticas Sociais, tem a finalidade de estabelecer parâmetros de interesse público para o governo (os conselhos não governam), exigindo a democratização das informações e transparência no processo governamental". Inês citou algumas proposições para o fortalecimento dos conselhos, como a articulação entre os diferentes sujeitos que atuam neles, por meio da criação de Fóruns de Políticas Sociais nos estados e municípios, e a articulação entre os diversos conselhos de política e de direitos na elaboração das propostas, a fim de evitar a fragmentação e segmentação das políticas públicas.
Por fim, Inês apontou que "na atual conjuntura, é fundamental a articulação nacional através da Frente entre os diversos Fóruns de Saúde, com vistas à construção de um espaço que fomente a resistência às medidas regressivas e aos direitos sociais, e contribua para a construção de uma mobilização em torno da viabilização do Projeto de Reforma Sanitária, construído nos anos 80 no Brasil, tendo como horizonte a emancipação humana", concluiu.

Desafios atuais dos movimentos sindicais
Dando continuidade ao tema proposto para o debate, o vice-diretor da Escola de Governo em Saúde da ENSP, Marcelo Rasga, pontuou desafios para os movimentos sociais na atualidade. Segundo ele, "para chegar ao socialismo, é necessária a radicalização da democracia, pois só assim teremos uma sociedade mais justa". Dentre os desafios apontados pelo vice-diretor para a radicalização da democracia, é fundamental aumentar a participação da sociedade na formulação das políticas públicas.
De acordo com o professor, os conselhos de saúde têm extrema importância, pois atuam no campo da formulação das políticas públicas. Porém a questão de terem participação não resolve todos os problemas, pois é fundamental a integração de várias ações. "Hoje podemos com força de lei entrar e participar; podemos radicalizar a democracia se investirmos em nossa participação por meio dos conselhos de saúde. Os movimentos sindicais têm que exigir a melhora do Sistema Único de Saúde", enfatizou o vice-diretor.
Em seguida, Marcelo apontou que é fundamental saber o que são os movimentos sociais claramente na atualidade. "Nos dias de hoje, os movimentos sociais não são mais o que eram há 20 anos, hoje eles são múltiplos, diversos e têm atuação para dividir os espaços dos Conselhos de Saúde com a sociedade", afirmou. O vice-diretor destacou também que é importante saber, nos dias de hoje, quem é a favor da saúde como direito do cidadão. Segundo ele, precisamos ter claro quem são os movimentos que veem o SUS como direito universal, pois assim o movimento sanitário pode se aproximar e se articular. Por fim, o professor destacou que "os movimentos sociais devem discutir, fazer e formular políticas públicas, pois apenas assim conseguiremos radicalizar a democracia e chegar ao socialismo, oferecendo uma sociedade mais justa e digna para todos".
Fontes: Informativo ENSP  e  ENPS - Biblioteca Multimídia - Temas

domingo, 8 de maio de 2011

13 de Maio: Abolição não conclusa para as mulheres Negras do RS, abre debate uma semana antes

ademocraciaO programa Democracia da TV Assembléia, que foi  ao ar nesta sexta -feira, 6 de maio , às 23 horas, com o tema  polêmico  13 de maio para as mulheres negras abolição não conclusa, proposta da ASSOBECATY- Associação Beneficente  Cultural Africana Templo de Yemanjá.  Reuniu a  yalorixá  Carmen de Oxalá que possui trabalho de  pesquisa acadêmica em psicologia  sobre Mulheres Afro- Brasileiras , juntamente com a  assessora e lider de políticas  comunitárias, que  também pertence a área da psicologia Angélica Mirinhã e a relevância da coordenadora técnica da organização de mulheres negras  Maria Mulher,  Prof. Dra. Lucia Regina  Brito Pereira que ocuparam o espaço do Programa Democracia  para debater  a questão da abolição as mulheres negras, pauta  que entrou com força total no estado  do Sul, com uma semana de antecedência. O evento está marcado para o dia 13 de maio, na sala Mauricio Cardoso, na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. ás  13:30 horas. O programa tem a Apresentação: Batista Filho Produção: Michele Dariva, Pietra Luah Reis e Simone Magalhães

Quem quiser conferir, durante a semana acontecerão reprises em horários alternativos http://www.al.rs.gov.br/tvassembleia